Estamos experimentando uma onda gigantesca de criação de CNPJ no Brasil e cunhou-se chamar a todos de empresários, empreendedores e empresas. Mas será mesmo?
Afirmar que o povo brasileiro é muito criativo e lida com as crises de uma forma ímpar é como chover no molhado. É incrível como todos nós tiramos “leite de pedra” em situações em que muitos povos entram em colapso só de pensar. Lembro-me quando era adolescente e tinha contato com uns “gringos” que vinham ao Brasil em intercambio e comentei com um deles, mais adulto, que vivíamos com salário mínimo de US$64. Ele perguntou se era semanal e eu disse, “não, mensal”, respondi. Ele quase caiu da cadeira e ficou bastante indignado!
Mais de 3 décadas depois, eles continuam acreditando que é impossível viver com tão pouco recursos e ainda não sermos invisíveis ao mundo. Mas essa é uma outra história.
Uma empresa pode nascer por diversas intenções: realização de um sonho, criação de um serviço ou produto inédito, para ajudar outras pessoas, pra fazer investimento, por uma necessidade e por fim, logicamente, ganhar dinheiro. Mas o que grande parte dos que se arriscam a abrir uma empresa se esquece é que a EMPRESA, após aberta, deixa de ser um “Tamagotchi” (bichinho virtual dos anos 90), para se tornar uma entidade independente e uma pessoa com necessidades básicas e essenciais à sua sobrevivência,
O dicionário Michaelis[1] define empresa como:
“Sociedade organizada para a exploração de indústria ou comércio; com a finalidade de obter um rendimento monetário através da produção de bens ou de serviços.
2 JUR Organização do capital e do trabalho, empenhada em atividade econômica; firma”
O Dicionário Aurélio[2] também define empresa:
“Negócio, sociedade comercial; todo estabelecimento que vende, compra produtos ou oferece algum tipo de serviço. Unidade econômica de produção”
Já o Dicionário Online Priberam[3] define empresa:
1. Especulação industrial ou mercantil.
2. [Economia] Sociedade ou companhia que explora qualquer ramo de indústria ou comércio.
...e, segundo meu filho Felipe de 15 anos:
1. Uma empresa serve para ganhar dinheiro
2. Lugar que tem pessoas reunidas para fazer algum serviço
3. Serve para realizar um sonho
4. Para ajudar outras pessoas (doações)
5. Para fazer um investimento
Todo investimento que fazemos com finalidades de rendimento, queremos saber quanto vai render o dinheiro empregado e, com a empresa não é diferente. Se você tem um capital, pequeno que seja, você tem algumas alternativas: poupança, títulos do tesouro, dólar, ações da bolsa e tantos outros que lhe garantirão um retorno, bom ou não sobre o dinheiro aplicado.
Segundo o Instituto ASAF[4], por exemplo, quem investiu algum valor em 2020 no setor de calçados, deveria esperar um Retorno sobre o Capital Investido de 8,78%. Investimentos no setor de eletrodomésticos, 34,78%, no setor de vestuários, 2,56% e assim por diante.
Esse retorno é liquido, ou seja, ao final do ano, toda a apuração contábil deve mostrar que todas as receitas, pagaram todas as contas (inclusive pro-labore), e sobrou em caixa a porcentagem relativa ao capital investido para ser distribuído entre os donos.
Essa realidade lhe parece muito distante? Nós vamos lhe mostrar que não! Acompanhe os próximos artigos do blog.
[1]Dicionario Michaelis da Lingua Portuguesa – acessado em 08-out-2021 17:46 – https://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=empresa [2]Dicionário Aurélio da Lingua Portuguesa. Versão Online, acessado em 08-out-2021 18:09 https://www.dicio.com.br/empresa/ [3] "empresa", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/empresa [consultado em 08-10-2021]. [4] Instituo ASAF - https://www.institutoassaf.com.br/indicadores-e-demonstracoes-financeiras/nova-metodologia/indicadores-a-valor-de-mercado/ - acessado em 08-out-2021 18:40;